Religião É AMOR: Em Homenagem à Preta Gil

Ela caminhou com fé. Encontrou a LUZ.

Desde domingo último, acompanhamos a comoção diante do falecimento de Preta Gil.

Uma mulher intensa, verdadeira, cheia de vida, coragem e afeto.

Preta era dessas que transbordavam humanidade, que durante a sua vida, com suas tentativas, seus erros e acertos, exatamente como qualquer um de nós, seres humanos, sem exceção, mas com uma força admirável de seguir adiante.

Imediatamente após o seu falecimento nos Estados Unidos, várias páginas que acompanhamos e respeitamos, compartilharam homenagens lindas, com imagens e palavras delicadas, cheias de emoção por parte de seus autores, mencionando Deus, orações e o descanso da alma.

Algumas páginas, que assim como nós, acreditam na força da palavra, da imagem e do afeto, publicaram mensagens de despedida mencionando “Deus”.

Mas o que deveria ser acolhido COM AMOR foi, por alguns, duramente criticado.

Disseram que Preta não acreditava em Deus, pois ela só falava de Oxalá.

E, mais, diante de tantos gestos de carinho em sua memória, vimos ataques. Vimos julgamentos. Vimos intolerância.

E então, como se estivéssemos em campos opostos, começaram as discussões, em diferentes páginas…

Mas será mesmo que estamos?

Neste país de fé múltipla e encantadoramente diversa, onde se cultuam tradições indígenas, católicas, evangélicas, afro-brasileiras, orientais… como podemos esquecer que a essência é a mesma?

Durante o seu tratamento, aqui no Brasil, Preta foi até o mar. A imagem dela diante das águas não foi apenas simbólica; foi sagrada. Um gesto íntimo e profundo de espiritualidade.

E, ainda assim, diante dessas demonstrações de carinho, lemos inúmeras críticas às páginas que expressaram respeito com fé.

JEOVÁ. BUDA. DEUS. JESUS CRISTO. OXALÁ. ORIXÁS.

Todos são caminhos que conduzem à mesma fonte de luz. Todos representam o que há de mais elevado: O AMOR.

É esse Amor que sustenta a fé, cura dores e conforta corações.

É esse Amor que sempre esteve presente na vida de Preta Gil, mesmo nos momentos mais difíceis.

É esse Amor que se manifesta quando uma pessoa vai ao mar, de pés descalços, buscar a bênção da Mãe das Águas.

Aprendemos desde cedo que DEUS tem muitos nomes. E, na verdade, nenhum nome é suficiente.

Porque Ele está na natureza como um todo, nos olhos de quem ama, no gesto de quem acolhe, nas palavras de quem respeita a fé do outro.

Isso é amor. Por tudo. Por todos. O amor que permeia as diferentes religiões.

Aqui na COL Cursos Online, reafirmamos:

NÃO importa o nome da Divindade, importa a conexão do coração.

É por isso que acreditamos que homenagear Preta Gil usando a palavra “Deus” não é desrespeito.

É carinho.

É uma forma de orar, mesmo que por uma linguagem diferente.

Assim como quem clama por Oxalá, por Jeová, por Jesus ou por Deus, inclusive ao agradecer pela vida, está, no fundo, no seu íntimo, falando com o mesmo Amor Criador.

E se Preta foi até o mar conversar com Yemanjá… é porque ali sempre encontrou um lugar de paz…

E onde há paz, há Deus. Há Oxalá. Ou qualquer outro nome…

Fé não se mede.

Fé não se disputa.

Fé se vive.

Fé se respeita.

Religião é AMOR, independentemente se é católico, budista, de igrejas evangélicas, de religiões de matriz africana — Umbanda ou Candomblé.

Todos devem ser respeitados. Sem preconceitos. Sem discriminação.

Em respeito à Preta Gil, finalizamos este texto com reverência:

SARAVÁ MEU PAI!
SALVE SUAS FORÇAS!
AXÉ!

Com respeito e amor,

Roseli M. Cuzzo Cury

Fundadora e coordenadora da COL Cursos Online Ltda.